SOBRE MIM

Tiago Bezerra Xavier


Certa vez escutei de Murilo Gun, de quem sou fã, “me diga quem você é, sem dizer o que você faz”. Pois bem…

Sou um pernambucano nascido em Recife no ano de 1985. Casado, pai de um casal de filhos maravilhosos, irmão de um ser humano incrível e filho de pais extraordinários, tenho muita sorte!

Meu signo é touro, não faço ideia do que isso significa, mas tenho paixão pela vida; sou obsecado em viver e compartilhar estes momento com boas companhias.

Sempre que me ver ao lado da minha família e dos meus amigos saiba que eu estarei sendo feliz.


Eu me formei em administração de empresas pela UFPE – universidade federal de pernambuco – mas vivencio esse ambiente corporativo desde que me entendo por gente. Meu pai foi professor de educação física e dentro das escolas começou a montar grupos e realizar excursões rodoviárias que desbravava o Brasil e a américa do sul, as coisas foram acontecendo e evoluíram para que ele largasse a carreira de professor e assumisse um emprego em uma agência de viagens onde um dos principais destinos operados era Fernando de Noronha. É neste momento que a história da nossa família começa a cruzar com a de Noronha.

Em 1992 o meu pai junto a minha mãe deram um passe adiante e abriram a sua própria agência de viagens, a Káritas Turismo, especializada em Noronha. Foi neste ambiente que cresci e passei a trabalhar em 1998, do alto dos meus 13 anos (risos), quando ia ao escritório na parte da tarde depois da escola.

Eu pisei a primeira vez na ilha quando eu tinha 4 anos em 1989, três anos depois meus pais abrem a agência, e em 2002 este laço se fortaleceu muito quando meu irmão termina os estudos em Recife e resolve se mudar e empreender em Noronha. Ele iniciou a sua jornada com uma locadora de buggy e nunca mais parou, é o grande responsável por abrirmos juntos diversas empresas em diversos segmentos, já tivemos uma agência de passeios, três restaurantes e, atualmente, uma pousada (na verdade, meu irmão tem outras empresas, em outros ramos, junto com outros sócios, ele é imparável rsrsrsrs). Tudo isso no arquipélago de Fernando de Noronha.


Trazendo essa conversa para os dias atuais, hoje estou a frente da Pousada Corveta Noronha que nasceu como um restaurante lá em 2015, acrescentou a parte de pousada em fevereiro de 2018, e desde julho de 2019 opera exclusivamente como meio de hospedagem.

Considerando a minha experiência enquanto agente de viagens o mundo de uma pousada não é totalmente estranho, a parte de vendas é muito parecida, mas as semelhanças param por aí. Toda parte administrativa e principalmente, operacional, de um hotel tem características muito específicas.

A Corveta Noronha é uma pousada pequena com apenas 8 apartamentos (em processo de expansão onde teremos no total 16 apartamentos), eu fico a frente de todos os setores: marketing, reservas, administrativo e financeiro, a parte operacional no dia a dia é onde interfiro menos, temos uma equipe fantástica que faz tudo acontecer.


Eu sempre fui muito incomodado pelo modelo de negócio comum a diversas pousadas pequenas no ambiente em que estava inserido, sempre era uma casa de morador adaptada para atender o turismo e com uma gestão absolutamente amadora. Ao longo do tempo conheci outros destinos turístisticos onde essa questão da gestão amadora se repetia, a origem do motivo mudava mas a ausência de controle, a falta de processos e a completa cegueira financeira sobre o negócio eram imperativos. Desta forma acredito que o “dar certo ou errado” para estas pousadas é uma questão de sorte.

Aqui cabe um adendo importante; sou consciente das minhas oportunidades de estudo, formação e, sobretudo, familiar, que me permitiram tempo e investimento na minha formação como pessoa e profissional. Sei que essas oportunidades não são dadas a maioria, forjados na necessidade de empreender para sobreviver e que atropelam conceitos de gestão por nunca terem tido a oportunidade de aprendê-los.

Entendo que o modelo correto para conduzir a minha pousada parte de um controle financeiro absoluto, processos administrativos eficientes e tomada de decisões baseadas exclusivamente nos dados financeiros e operacionais obtidos em uma gestão eficiente que envolve todos os aspectos do negócio.

Óbvio que isso demanda muito esforço, mas é possível, é o famoso bater o escanteio e subir para cabecear tão comum a qualquer dono de pequeno negócio. Por sinal, se você justifica a falta de controle da sua empresa por estar sozinho e sem tempo, eu sinto muito informar que você não é o alecrim dourado, essa situação é comum a todos pequenos empresários do Brasil e você precisa arrumar uma forma de resolver. Caso contrário, esteja preparado para fazer parte das estatísticas assombrosas relacionadas ao fechamento precoce de empresas no Brasil.